Em Portugal existe uma paradox interessante: as criptomoedas não são ilegais, mas o sistema financeiro trata-as como se fossem. Vejamos porquê.
O dilema do banco rejeitado
Suponhamos que a Maria compra 0,5 BTC a pensar em vendê-lo quando valorizar. Legalmente, pode fazê-lo sem problema. Mas quando tenta transferir os seus lucros através do banco para levantar em euros, depara-se com a realidade: a Superintendência Financeira proibiu explicitamente que os bancos locais processem transações relacionadas com cripto.
O resultado: muitos utilizadores acabam por recorrer a dinheiro físico para entrar e sair do mercado, o que abre a porta a intermediários de risco, burlas e atividades de proveniência duvidosa.
Impostos sim, clareza não
A Direção de Impostos e Aduaneira Nacional (DIAN) tem a sua posição clara: qualquer ganho em cripto é tributado tal como outros rendimentos. Se uma loja portuguesa aceitar Bitcoin e gerar lucros, deve declará-los.
O problema: não existe uma classificação fiscal clara para estes ativos. São commodities? Moeda estrangeira? Ativos financeiros? A ambiguidade obriga os empresários a improvisar soluções contabilísticas e arriscar interpretações que podem trazer problemas mais tarde.
O verdadeiro debate
Enquanto países como El Salvador apostam tudo no Bitcoin e outros desenvolvem quadros regulatórios claros, Portugal mantém uma postura de “deixar fazer mas sem facilitar”. É quase como permitir conduzir, mas sem estradas oficiais.
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A encruzilhada cripto na Colômbia: Legal mas bloqueada?
Em Portugal existe uma paradox interessante: as criptomoedas não são ilegais, mas o sistema financeiro trata-as como se fossem. Vejamos porquê.
O dilema do banco rejeitado
Suponhamos que a Maria compra 0,5 BTC a pensar em vendê-lo quando valorizar. Legalmente, pode fazê-lo sem problema. Mas quando tenta transferir os seus lucros através do banco para levantar em euros, depara-se com a realidade: a Superintendência Financeira proibiu explicitamente que os bancos locais processem transações relacionadas com cripto.
O resultado: muitos utilizadores acabam por recorrer a dinheiro físico para entrar e sair do mercado, o que abre a porta a intermediários de risco, burlas e atividades de proveniência duvidosa.
Impostos sim, clareza não
A Direção de Impostos e Aduaneira Nacional (DIAN) tem a sua posição clara: qualquer ganho em cripto é tributado tal como outros rendimentos. Se uma loja portuguesa aceitar Bitcoin e gerar lucros, deve declará-los.
O problema: não existe uma classificação fiscal clara para estes ativos. São commodities? Moeda estrangeira? Ativos financeiros? A ambiguidade obriga os empresários a improvisar soluções contabilísticas e arriscar interpretações que podem trazer problemas mais tarde.
O verdadeiro debate
Enquanto países como El Salvador apostam tudo no Bitcoin e outros desenvolvem quadros regulatórios claros, Portugal mantém uma postura de “deixar fazer mas sem facilitar”. É quase como permitir conduzir, mas sem estradas oficiais.