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Primeira auditoria pública do Bitcoin em 16 anos! Cem dias de testes revelam "zero" vulnerabilidades graves

O cliente nativo de Bitcoin, o Bitcoin Core, após 16 anos de desenvolvimento, concluiu a sua primeira auditoria de segurança por terceiros, publicamente divulgada. A auditoria foi realizada pela empresa de cibersegurança Quarkslab, a pedido da Open Source Technology Improvement Fund (OSTIF), ao longo de cerca de 100 dias úteis. O resultado não revelou qualquer vulnerabilidade grave, tendo sido identificados apenas 2 problemas de baixa severidade e 13 recomendações.

Significado histórico da primeira auditoria pública de segurança no ecossistema Bitcoin

Auditoria pública do Bitcoin

(Fonte: Quarkslab)

O cliente nativo de Bitcoin, Bitcoin Core, após 16 anos de desenvolvimento, recebeu finalmente a sua primeira auditoria de segurança pública e independente. Encomendada pela Open Source Technology Improvement Fund (OSTIF), a empresa de cibersegurança Quarkslab realizou uma avaliação de segurança abrangente ao Bitcoin Core. Este é não só um marco importante na história do Bitcoin, como também estabelece um novo padrão de segurança para toda a indústria das criptomoedas.

Segundo a OSTIF e o financiador Brink, o objetivo central desta auditoria ao Bitcoin Core foi apoiar os programadores e a comunidade alargada, reforçando ainda mais a segurança de todo o ecossistema do Bitcoin. Sendo uma rede que sustenta ativos no valor de vários biliões de dólares, a segurança do Bitcoin tem sido uma das maiores preocupações para investidores globais, reguladores e a comunidade técnica. A decisão de realizar uma auditoria pública demonstra a grande confiança da equipa de desenvolvimento do Bitcoin na segurança do sistema, bem como o seu compromisso com a transparência.

Para obter uma compreensão completa do estado de segurança do sistema, a equipa de auditoria combinou análise estática de código com testes dinâmicos. A análise estática permite examinar a estrutura e lógica do código sem o executar, enquanto os testes dinâmicos validam o comportamento do sistema em ambiente real de execução. Esta abordagem dual garante abrangência e fiabilidade à auditoria.

Durante o processo de avaliação, a equipa não só analisou rigorosamente as técnicas de teste existentes, como também propôs novos métodos de verificação no relatório de avaliação, para determinar se a rede Bitcoin, que transporta ativos de vários biliões de dólares, é realmente robusta. Esta postura proativa na identificação de problemas é muito mais eficaz para garantir a segurança a longo prazo do sistema do que uma defesa meramente reativa.

Metodologia de três fases de deteção aprofundada numa auditoria de cem dias

Esta auditoria envolveu um trabalho de grande escala, totalizando cerca de 100 dias úteis, distribuídos de forma equilibrada por três fases críticas. Esta abordagem estruturada garantiu que cada componente essencial do código do Bitcoin Core fosse minuciosamente verificado.

Primeira fase: Revisão manual do código Análise aprofundada de componentes específicos, com os especialistas a focarem-se na gestão de threads e na lógica de validação de transações, partes estas extremamente complexas e críticas no sistema Bitcoin, onde qualquer erro poderia resultar em graves problemas de segurança. A gestão de threads trata de múltiplas operações simultâneas, enquanto a lógica de validação de transações assegura que cada transação cumpre as regras do protocolo Bitcoin.

Segunda fase: Testes dinâmicos Utilização das ferramentas e frameworks já em produção no fluxo de trabalho do Bitcoin para realizar testes dinâmicos. Nesta fase, são empregues os instrumentos de teste utilizados diariamente pelos programadores de Bitcoin, de modo a garantir a relevância dos resultados da auditoria para o ambiente real de operação. Os testes dinâmicos podem detetar problemas que só surgem em condições específicas, muitas vezes difíceis de identificar pela análise estática.

Terceira fase: Testes de fuzzing avançados Aplicação de métodos alternativos, pouco ou nunca experimentados no repositório de código, para realizar testes de fuzzing avançados. O fuzzing é uma técnica automatizada de teste de software que introduz grandes quantidades de dados aleatórios ou anómalos no programa para revelar vulnerabilidades e erros. A equipa da Quarkslab utilizou ferramentas internas de fuzzing e conhecimento especializado para desenvolver ferramentas específicas para ligações de blocos (block connections) e reorganizações de cadeia (chain reorganizations), conseguindo testar caminhos de código nunca antes verificados.

A Quarkslab destacou que o objetivo principal da auditoria é identificar potenciais fragilidades ou vulnerabilidades no código do Bitcoin, mas não se limita a atribuir um selo de segurança ou certificação; visa sim descobrir e corrigir riscos. Esta atitude assegura a objetividade e o valor substancial da auditoria, indo além de um mero exercício formal.

Resultados da auditoria: Segurança do Bitcoin validada por entidade independente

Após cem dias de avaliação rigorosa, a equipa da Quarkslab identificou apenas 2 questões de baixa severidade e 13 recomendações informativas. Felizmente, de acordo com o rigoroso padrão de classificação de vulnerabilidades do Bitcoin Core, estas descobertas não tiveram qualquer impacto material na segurança da rede Bitcoin. Para um sistema que funciona há 16 anos e suporta ativos de vários biliões de dólares, este é um resultado excecional.

Problemas de baixa gravidade referem-se a pequenas questões técnicas que não provocam perdas de fundos, interrupções de rede ou falhas de consenso, e que só ocorrem em situações extremas. As 13 recomendações informativas dizem respeito a melhorias na qualidade do código, na sua manutenção e nas melhores práticas — não estão relacionadas com falhas de segurança, mas contribuem para a elevação da qualidade global do repositório de código do Bitcoin.

Esta auditoria trouxe ainda múltiplos contributos para a infraestrutura de testes do Bitcoin Core, incluindo um conjunto de corpora de teste que melhora significativamente a cobertura dos testes existentes, uma imagem Docker para execução de atividades de teste em ambiente de fuzzing integrado, uma ferramenta experimental de teste de não-regressão baseada em tracepoints do Bitcoin, e o fornecimento de métodos experimentais como fuzzing estruturado e fuzzing diferencial. Estas ferramentas e métodos continuarão a acrescentar valor aos testes de segurança do Bitcoin.

O relatório completo encontra-se disponível publicamente no Github, podendo ser consultado por qualquer programador ou investigador de segurança. Esta transparência é um valor central do software open source e é fundamental para a melhoria contínua do Bitcoin.

Maturidade da arquitetura do Bitcoin e caminho futuro para a segurança

A avaliação de segurança incidiu principalmente sobre a camada de rede P2P, bem como sobre os cenários de ataque com maior impacto na disponibilidade de consenso ou do protocolo. A camada de rede P2P é a base da comunicação entre nós do Bitcoin; qualquer ataque a esta camada pode levar à divisão da rede ou a ataques de negação de serviço. A equipa de auditoria concentrou-se especialmente nestas áreas críticas para garantir a resiliência da rede Bitcoin contra ataques conhecidos e potenciais.

Atualmente, o método de fuzzing por snapshots desenvolvido pela Brink, denominado “Fuzzamoto”, foi considerado pela equipa de auditoria como a abordagem mais promissora, com potencial para detetar falhas mais profundas e complexas no futuro. O Fuzzamoto permite capturar um snapshot do estado da rede Bitcoin num dado momento, realizando depois extensivos testes de fuzzing sobre essa base, o que é mais eficiente do que testes iniciados do zero e facilita a deteção de problemas de maior profundidade.

A conclusão da Quarkslab sobre a auditoria de segurança é: “A arquitetura, robustez e maturidade global do Bitcoin Core refletem um trabalho excecional.” Vindo de uma empresa de cibersegurança profissional, esta avaliação tem um peso significativo. O Bitcoin conseguiu manter um padrão de segurança tão elevado ao longo de 16 anos graças ao contributo contínuo da sua comunidade open source e ao rigoroso processo de revisão de código.

A Brink reagiu igualmente, sublinhando que esta avaliação não representa um ponto final, mas sim um checkpoint na missão contínua de garantir a segurança do Bitcoin. O trabalho de segurança no Bitcoin é permanente; com a evolução do contexto tecnológico e o surgimento de novas ameaças, as auditorias de segurança regulares tornar-se-ão habituais. O sucesso desta auditoria constitui também uma valiosa referência para auditorias futuras.

Três grandes significados da auditoria para o ecossistema Bitcoin

Reforço da confiança: A certificação independente de terceiros oferece uma garantia objetiva de segurança a investidores institucionais e reguladores.

Definição de padrões: Estabelece padrões de referência e melhores práticas de auditoria de segurança para outros projetos de criptomoedas.

Contributo técnico: As novas ferramentas e métodos de teste desenvolvidos durante a auditoria continuarão a reforçar a segurança do Bitcoin.

Esta auditoria histórica de segurança não só comprovou a robustez do sistema Bitcoin, como também estabeleceu um exemplo de transparência e segurança para toda a indústria das criptomoedas.

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