O Banco Central do Brasil anunciou que descontinuaria a plataforma utilizada para executar o drex, a iniciativa de moeda digital do Brasil, durante as suas duas primeiras fases. Fabio Araujo, coordenador do projeto, afirmou que o drex iria pivotar para uma plataforma que facilite o uso de ativos como garantia.
Banco Central do Brasil encerra plataforma de CBDC do Drex, direcionando-se para novos objetivos
Os Factos
O Banco Central do Brasil reduziu as ambições de sua moeda digital de banco central (CBDC), adiando a ideia de um lançamento de real digital para o retalho.
De acordo com relatos locais, o banco decidiu encerrar a plataforma de livro-razão descentralizado que servia de base para o piloto do drex, a plataforma de CBDC que vinha em desenvolvimento há anos.
Fabio Araujo, coordenador do projeto drex, esclareceu que agora se concentraria em tornar-se uma plataforma para facilitar o uso de ativos como garantia para empréstimos e outras operações.
Falando à Folha de São Paulo, e desconsiderando o nome de “moeda digital” do projeto, Araujo afirmou:
O termo moeda digital, na verdade, não captura toda a extensão da iniciativa Drex, uma vez que ela se refere a pagamentos, o que não é o seu ponto central.
“Questões tecnológicas são o principal obstáculo ao avanço da iniciativa drex. Associado a essas questões, há também a dificuldade relacionada à atual escassez de recursos humanos na equipa do banco central,” acrescentou.
A infraestrutura de blockchain para o drex será encerrada a 10 de novembro. As instituições participantes foram informadas com antecedência.
Por que é relevante
O abandono da proposta inicial do drex, que visava tornar-se o equivalente digital de retalho do real no Brasil, mostra que até as maiores economias podem não conseguir superar os desafios técnicos de um projeto tão grande.
Um dos problemas mais significativos do drex foi a implementação de um sistema de privacidade eficaz, que se tornou uma questão real em 2024. Embora os parceiros tenham apresentado várias propostas para resolver este problema técnico, estas não conseguiram criar uma solução que permitisse aos participantes manter o segredo das transações enquanto permitiam aos reguladores escrutinar esses movimentos.
Olhar para o futuro
O adiamento da iniciativa de CBDC do Brasil abre portas para que as stablecoins avancem no país e se tornem a substituição de facto para esta ideia. No entanto, ainda há questões a resolver relativamente às stablecoins, uma vez que o banco central ainda não finalizou a regulamentação que as governa.
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Banco Central do Brasil adia estratégia de CBDC, encerra a plataforma piloto atual
O Banco Central do Brasil anunciou que descontinuaria a plataforma utilizada para executar o drex, a iniciativa de moeda digital do Brasil, durante as suas duas primeiras fases. Fabio Araujo, coordenador do projeto, afirmou que o drex iria pivotar para uma plataforma que facilite o uso de ativos como garantia.
Banco Central do Brasil encerra plataforma de CBDC do Drex, direcionando-se para novos objetivos
Os Factos
O Banco Central do Brasil reduziu as ambições de sua moeda digital de banco central (CBDC), adiando a ideia de um lançamento de real digital para o retalho.
De acordo com relatos locais, o banco decidiu encerrar a plataforma de livro-razão descentralizado que servia de base para o piloto do drex, a plataforma de CBDC que vinha em desenvolvimento há anos.
Fabio Araujo, coordenador do projeto drex, esclareceu que agora se concentraria em tornar-se uma plataforma para facilitar o uso de ativos como garantia para empréstimos e outras operações.
Falando à Folha de São Paulo, e desconsiderando o nome de “moeda digital” do projeto, Araujo afirmou:
“Questões tecnológicas são o principal obstáculo ao avanço da iniciativa drex. Associado a essas questões, há também a dificuldade relacionada à atual escassez de recursos humanos na equipa do banco central,” acrescentou.
A infraestrutura de blockchain para o drex será encerrada a 10 de novembro. As instituições participantes foram informadas com antecedência.
Por que é relevante
O abandono da proposta inicial do drex, que visava tornar-se o equivalente digital de retalho do real no Brasil, mostra que até as maiores economias podem não conseguir superar os desafios técnicos de um projeto tão grande.
Um dos problemas mais significativos do drex foi a implementação de um sistema de privacidade eficaz, que se tornou uma questão real em 2024. Embora os parceiros tenham apresentado várias propostas para resolver este problema técnico, estas não conseguiram criar uma solução que permitisse aos participantes manter o segredo das transações enquanto permitiam aos reguladores escrutinar esses movimentos.
Olhar para o futuro
O adiamento da iniciativa de CBDC do Brasil abre portas para que as stablecoins avancem no país e se tornem a substituição de facto para esta ideia. No entanto, ainda há questões a resolver relativamente às stablecoins, uma vez que o banco central ainda não finalizou a regulamentação que as governa.