Se tivesses 10.000 dólares e voltasses ao ano 2000, apostarias em ouro ou em ações americanas?
Fiz uma retrospetiva e o resultado é surpreendente. Supondo que no início de 2000 tinhas 10.000 dólares e os investias separadamente em ouro e no índice S&P 500, mantendo até 2025. Consegues adivinhar quem ganhou?
O ouro acabou por superar as ações americanas em mais de 60.000 dólares! Isto pode abalar as convicções de muita gente.
Mas não tires conclusões precipitadas, há três fatores-chave por detrás deste resultado:
A linha de partida determina metade da vitória. O ano 2000 foi o auge da bolha das dotcom, com o Nasdaq a atingir os 5.000 pontos e as avaliações das tecnológicas a níveis absurdos. E o ouro? Na altura, cada onça custava cerca de 280 dólares, um mínimo de vinte anos. Um estava no topo da montanha, o outro no fundo do vale. Será que esta competição foi justa?
O valor de refúgio do ouro revela-se nos momentos de crise. Entre 2000 e 2012, o mercado acionista sofreu duas quebras drásticas: o rebentamento da bolha das tecnológicas e a crise do subprime. Se olhares para os gráficos, vais reparar que, sempre que as ações afundaram, o ouro não só resistiu como subiu em sentido contrário. Durante o colapso financeiro de 2008, muita gente salvou a sua riqueza graças ao ouro.
O poder dos juros compostos é subestimado. Embora, a partir de 2012, as ações americanas tenham iniciado uma forte bull run, a vantagem acumulada pelo ouro no início, combinada com um crescimento estável, acabou por garantir-lhe a liderança.
O que é que este gráfico te quer ensinar? Não é para apostares tudo no ouro como um jogador. A verdadeira lição é: não te fies cegamente em nenhum ativo isolado. Não há vencedores eternos nos mercados; a diversificação é o segredo para sobreviver a longo prazo. Quando as ações estão sobrevalorizadas ou a economia se torna incerta, talvez uma posição em ouro te ajude a dormir melhor.
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GamefiHarvester
· 12-08 06:46
O ponto crucial é o ano 2000, quando o ouro estava apenas a 280 dólares por onça e o mercado de ações estava completamente louco; isto não é de todo uma comparação justa.
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gm_or_ngmi
· 12-08 06:38
Muito bom, ao comparar o ponto de partida assim tudo fica claro: não foi o ouro que ganhou, foi a reavaliação de valor daquela vaga de 2000 que venceu.
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rugged_again
· 12-08 06:26
Meu Deus, a diferença já é tão grande logo de início, para quê comparar?
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ZKProofster
· 12-08 06:25
nah, este backtest está tecnicamente errado. Acertar exatamente o fundo nos $280/oz em 2000? Isso é viés de seleção disfarçado de análise. Dinheiro real não funciona assim.
Se tivesses 10.000 dólares e voltasses ao ano 2000, apostarias em ouro ou em ações americanas?
Fiz uma retrospetiva e o resultado é surpreendente. Supondo que no início de 2000 tinhas 10.000 dólares e os investias separadamente em ouro e no índice S&P 500, mantendo até 2025. Consegues adivinhar quem ganhou?
Resultado final:
Ouro: 126.596 dólares
S&P 500: 77.495 dólares
O ouro acabou por superar as ações americanas em mais de 60.000 dólares! Isto pode abalar as convicções de muita gente.
Mas não tires conclusões precipitadas, há três fatores-chave por detrás deste resultado:
A linha de partida determina metade da vitória. O ano 2000 foi o auge da bolha das dotcom, com o Nasdaq a atingir os 5.000 pontos e as avaliações das tecnológicas a níveis absurdos. E o ouro? Na altura, cada onça custava cerca de 280 dólares, um mínimo de vinte anos. Um estava no topo da montanha, o outro no fundo do vale. Será que esta competição foi justa?
O valor de refúgio do ouro revela-se nos momentos de crise. Entre 2000 e 2012, o mercado acionista sofreu duas quebras drásticas: o rebentamento da bolha das tecnológicas e a crise do subprime. Se olhares para os gráficos, vais reparar que, sempre que as ações afundaram, o ouro não só resistiu como subiu em sentido contrário. Durante o colapso financeiro de 2008, muita gente salvou a sua riqueza graças ao ouro.
O poder dos juros compostos é subestimado. Embora, a partir de 2012, as ações americanas tenham iniciado uma forte bull run, a vantagem acumulada pelo ouro no início, combinada com um crescimento estável, acabou por garantir-lhe a liderança.
O que é que este gráfico te quer ensinar? Não é para apostares tudo no ouro como um jogador. A verdadeira lição é: não te fies cegamente em nenhum ativo isolado. Não há vencedores eternos nos mercados; a diversificação é o segredo para sobreviver a longo prazo. Quando as ações estão sobrevalorizadas ou a economia se torna incerta, talvez uma posição em ouro te ajude a dormir melhor.