O mais recente relatório de emprego não agrícola é mesmo uma faca de dois gumes — os dados de novos empregos são impressionantes, mas a taxa de desemprego subiu inesperadamente para 4,4%, tornando ainda mais difícil para a Fed justificar um corte nas taxas de juro. Do lado do mercado, continuam a insistir na expectativa de "não cortar juros", e os futuros das taxas de juro nem deram sinal de alívio.

O dólar aproveitou para consolidar acima da marca dos 100, tendo até atingido durante a sessão um novo máximo semestral, mostrando uma força notável. Já o ouro andou a oscilar entre os 4038 e os 4110 dólares, com uma luta intensa entre touros e ursos. O pior ficou para as ações americanas: o Nasdaq afundou mais de 2%, enquanto o membro da Fed, Cook, voltou a soar o alarme — os preços dos ativos estão demasiado elevados, cuidado com as bolhas.

Agora, o mercado está de olho em duas coisas: se os dados PMI da Europa e dos EUA vão corresponder às expectativas, e que tipo de discurso — dovish ou hawkish — os responsáveis da Fed vão adotar esta semana.