Wall Street exige descentralização: Ethereum é a única resposta, segundo Danny Ryan no Devconnect ARG

Fonte: CritpoTendencia Título Original: Wall Street exige descentralização: Ethereum é a única resposta, segundo Danny Ryan na Devconnect ARG Link Original: No Devconnect ARG, Danny Ryan abriu sua apresentação com uma mensagem que surpreendeu até mesmo aqueles que estão há anos no ecossistema: as instituições financeiras, incluindo as mais tradicionais, estão demandando descentralização. Não como conceito filosófico, mas como necessidade operacional.

Ryan explicou isso a partir de sua própria transição: após quase uma década projetando mecanismos, segurança e resiliência no Ethereum, hoje passa seus dias conversando com bancos e atores institucionais. E o que ele descobriu é que o interesse por sistemas descentralizados não vem mais apenas de cypherpunks, mas também de quem opera mercados globais.

Mercados tradicionais: ineficiência estrutural

Ryan descreveu a infraestrutura financeira atual como um sistema fragmentado, manual e incrivelmente lento. Processos que dependem de software desconexo, operações que continuam a ser enviadas por fax e liquidações que demoram um ou dois dias a serem concluídas.

Mesmo os mercados mais eficientes - como as ações - requerem múltiplos intermediários e passos redundantes. E por trás de cada operação existe o risco permanente de que outro ator falhe: o famoso risco de contraparte, que é a obsessão central de qualquer instituição.

É aí que, segundo Ryan, o Ethereum oferece uma vantagem decisiva: a negociação e a liquidação ocorrem de maneira simultânea, algo que no sistema financeiro tradicional simplesmente não existe.

Por que as instituições querem descentralização

Danny explicou que, para o mundo institucional, descentralização significa algo muito concreto:

• Reduzir a dependência de intermediários.
• Remover pontos únicos de falha.
• Garantir uptime quase perfeito.
• Evitar que uma entidade possa manipular ou desligar o sistema.
• Contar com segurança criptográfica capaz de suportar ativos de escala trillão.

Desde essa ótica, a conclusão é direta: Ethereum é a única infraestrutura capaz de cumprir com esse padrão hoje.

Ryan mencionou que o ecossistema tem uma década de maturidade, múltiplos clientes, milhares de nós, uma stack EVM conhecida por todas as instituições e padrões de segurança amplamente testados. Nas suas palavras, não se trata de escolher a nova tecnologia da moda, mas sim a única rede que cumpre os requisitos mínimos de resiliência.

A privacidade como requisito, não como extra

Ryan foi enfático: nenhum banco sequer começa a conversa sem privacidade robusta. Não como uma característica opcional, mas como condição básica.

Explicou que nos mercados tradicionais nunca se revela uma posição completa nem o detalhe de uma operação.

E destacou que o Ethereum está à frente neste aspecto graças ao enorme desenvolvimento em criptografia aplicada e ZK. Segundo ele, foi quase um acidente feliz: o esforço para escalar o Ethereum através de provas de conhecimento zero gerou, ao mesmo tempo, ferramentas de privacidade que hoje se tornam indispensáveis para instituições.

O ponto chave: o mundo real realmente exige descentralização

Danny reconheceu que às vezes é frustrante ver usuários perseguindo memecoins enquanto ignoram os princípios de segurança e neutralidade. Mas depois acrescentou algo poderoso: quando se trata de colocar valor real on-chain -fundos de reforma, propriedades, instrumentos financeiros- a descentralização não é uma preferência: é uma obrigação.

As instituições não buscam cripto. Buscam sistemas que ninguém possa apagar, com garantias criptoeconômicas reais e resiliência demonstrada.

Não se trata de tokenizar: trata-se de criar sistemas superiores que os ativos migrem sozinhos

Ryan fechou com uma tese estratégica clara: o objetivo não é trazer ativos para a blockchain, mas criar infraestruturas tão superiores que o mundo não possa evitar migrar para elas.

Para ele, Ethereum deve se concentrar em construir aplicações que sejam simplesmente melhores do que as atuais, não apenas mais programáveis ou mais combináveis.

E a peça central para alcançar isso é sempre a mesma: descentralização com garantias reais, a condição que - segundo Danny Ryan - Wall Street já está exigindo.