Tenho estado envolvido com a linha de servidores da HPE ultimamente, e devo dizer que a sua mudança para a IA não poderia ter vindo em melhor altura. Os servidores ProLiant Gen12 são genuinamente impressionantes - não são apenas uma estratégia de marketing. Com os data centers desesperados por poder computacional de IA, o crescimento de 5,6% dos servidores da HPE mal arranha a superfície do que é possível.

Olhando para o seu backlog de sistemas de IA de $3,2 mil milhões, é claro que os clientes estão a votar com as suas carteiras. O arrefecimento líquido direto da nova plataforma Gen12 já não é apenas um bom recurso - é essencial para lidar com as cargas térmicas que estas cargas de trabalho de IA geram. Eu vi em primeira mão como o arrefecimento a ar tradicional simplesmente não consegue acompanhar.

Embora a Dell e a Super Micro sejam concorrentes formidáveis, a avaliação da HPE em apenas 0,76x o preço sobre as vendas futuras parece ridiculamente baixa em comparação com os 3,46x da indústria. Essa desconexão não durará para sempre, especialmente com as estimativas de lucros do exercício fiscal de 2026 a aumentar.

O que me preocupa é o declínio do negócio tradicional de servidores da HPE. Eles estão essencialmente a canibalizar-se, na esperança de que as vendas de IA cresçam rápido o suficiente para compensar as perdas legadas. É um ato de equilíbrio perigoso que pode sair pela culatra se a adoção de IA desacelerar.

O desempenho atual das ações deles (+5.7% YTD) fica significativamente atrás do +25.4% da indústria - sugerindo que os investidores permanecem céticos sobre a transformação da HPE. O mercado claramente favorece empresas puras de IA como a Super Micro, que eu acredito ser uma visão de curto prazo, dado os relacionamentos empresariais da HPE e seu portfólio abrangente.

A verdadeira questão é se a HPE consegue executar rápido o suficiente para capitalizar neste boom de servidores de IA antes que os concorrentes assegurem contas-chave.