Recentemente vi alguém a perguntar: será que esta descida das taxas de juro em dezembro já foi totalmente absorvida pelo mercado? Na minha opinião, pode até ser que os fatores macroeconómicos negativos estejam prestes a atingir o fundo.
Claro que, o facto de os fatores negativos estarem esgotados não significa que vamos disparar imediatamente, apenas quer dizer que a pressão descendente pode já não ser tão grande.
# O ritmo da Fed mudou
Houve uma medida importante no início de dezembro — a paragem do quantitative tightening. Agora, quer as descidas das taxas sejam intermitentes ou consecutivas, o ciclo de afrouxamento começou oficialmente.
# Porque é que os bancos estão com falta de dinheiro?
Há um fenómeno interessante: com taxas de juro tão altas, à partida os bancos deveriam conseguir atrair mais depósitos, então porque é que se queixam de falta de liquidez?
A lógica não é complicada. Num ambiente de taxas altas, o custo de captar dinheiro para os bancos também aumenta, e a margem de lucro ao emprestar esse dinheiro reduz-se. Além disso, estas taxas altas não resultam de uma economia demasiado aquecida, mas sim de uma manutenção forçada, pelo que a procura por crédito já é fraca, e é natural que os bancos passem por momentos de aperto de liquidez.
Basta olhar para os dados: em junho, o valor das operações de recompra overnight foi de 11 mil milhões de dólares, em outubro disparou para 29,4 mil milhões, e recentemente houve outra injeção temporária de 13,5 mil milhões. Três operações de grande escala mostram que o problema de liquidez no sistema bancário já não é brincadeira.
Se olharmos para a história, uma situação semelhante ocorreu entre novembro de 2019 e abril de 2020, também numa fase inicial de descida das taxas de juro. Contudo, nessa altura, o volume das operações de recompra overnight foi ainda maior e a descida das taxas no início de 2020 foi mais agressiva...
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Recentemente vi alguém a perguntar: será que esta descida das taxas de juro em dezembro já foi totalmente absorvida pelo mercado? Na minha opinião, pode até ser que os fatores macroeconómicos negativos estejam prestes a atingir o fundo.
Claro que, o facto de os fatores negativos estarem esgotados não significa que vamos disparar imediatamente, apenas quer dizer que a pressão descendente pode já não ser tão grande.
# O ritmo da Fed mudou
Houve uma medida importante no início de dezembro — a paragem do quantitative tightening. Agora, quer as descidas das taxas sejam intermitentes ou consecutivas, o ciclo de afrouxamento começou oficialmente.
# Porque é que os bancos estão com falta de dinheiro?
Há um fenómeno interessante: com taxas de juro tão altas, à partida os bancos deveriam conseguir atrair mais depósitos, então porque é que se queixam de falta de liquidez?
A lógica não é complicada. Num ambiente de taxas altas, o custo de captar dinheiro para os bancos também aumenta, e a margem de lucro ao emprestar esse dinheiro reduz-se. Além disso, estas taxas altas não resultam de uma economia demasiado aquecida, mas sim de uma manutenção forçada, pelo que a procura por crédito já é fraca, e é natural que os bancos passem por momentos de aperto de liquidez.
Basta olhar para os dados: em junho, o valor das operações de recompra overnight foi de 11 mil milhões de dólares, em outubro disparou para 29,4 mil milhões, e recentemente houve outra injeção temporária de 13,5 mil milhões. Três operações de grande escala mostram que o problema de liquidez no sistema bancário já não é brincadeira.
Se olharmos para a história, uma situação semelhante ocorreu entre novembro de 2019 e abril de 2020, também numa fase inicial de descida das taxas de juro. Contudo, nessa altura, o volume das operações de recompra overnight foi ainda maior e a descida das taxas no início de 2020 foi mais agressiva...