Depois de tantos anos no mercado cripto, como correu o teu percurso?

Tenho 35 anos, duas casas em Cantão, tudo fruto de 8 anos de batalha no mundo das criptomoedas. Comecei com um investimento de 300 mil e, entre altos e baixos, cheguei agora ao patamar dos milhões. Claro, nem tudo foi um mar de rosas — no pior momento, o capital caiu para apenas 60 mil, e nessa altura cheguei mesmo a pôr tudo em causa. Mas depois, com um método aparentemente “tosco”, consegui multiplicar o investimento por 400 vezes em 4 meses, acumulando um pouco acima dos 20 milhões.

**Quando chega o bull market, não tentes abraçar tudo**
O meu conselho é: concentra-te num único sector e aproveita ao máximo a principal onda de valorização. Por exemplo, quando o tema da IA estava em alta, foquei-me nesse segmento — primeiro investi no líder, depois procurei oportunidades em projetos que estavam para valorizar. No fim dessa tendência, os lucros já eram bastante consideráveis.

**As verdadeiras oportunidades estão nas moedas novas**
Muita gente prefere agarrar-se às moedas antigas, mas na verdade a maioria delas já são “problemas herdados do passado”. As moedas novas têm novas narrativas, atraem atenção e tráfego — seguir estas novas histórias faz com que os ganhos sejam muito mais eficientes. Isto não é misticismo, é uma regra do mercado.

**Trading de futuros: três regras de ouro**
Já ganhei oito dígitos com contratos, mas também já fui liquidado inúmeras vezes. As lições custaram caro e resultaram em três princípios: nunca investir tudo, manter a alavancagem abaixo de 5x e nunca hesitar em cortar perdas quando for preciso. Cumprindo estas três regras, pelo menos não vais sair demasiado prejudicado.

**Ter noção do ciclo é uma questão de sobrevivência**
O mercado cripto tem um ciclo de cerca de quatro anos — é lei. No fim do bull market, é obrigatório vender todas as altcoins, sem discussão. Quando até o estafeta começa a perguntar-te qual é a moeda que pode multiplicar por dez, esse é o sinal do topo. Se não saíres nessa altura, o bear market vai mostrar-te o que significa uma “correcção infernal”.

**O chamado “método tosco” é apenas ser consistente**
Nunca vou atrás das tendências já saturadas, prefiro estudar projetos que ainda não explodiram mas têm potencial. Depois de escolher o sector, aposto no líder para garantir estabilidade e nos projectos promissores para arriscar. No bear market protejo-me, no bull market reforço posições e vendo tudo no final do ciclo. É mesmo assim de simples.

Se queres ganhar dinheiro neste mercado, primeiro pergunta-te se consegues aguentar uma queda de 90%. Não dependo de informação privilegiada nem de sorte, mas sim de saber acompanhar o ritmo do mercado. Se encontrares o teu ritmo, também consegues sair por cima. Se ainda estás perdido(a), experimenta o meu “método tosco” — no mundo cripto, só ri no fim quem consegue sobreviver até ao fim.