O Bitcoin ultrapassou recentemente os 120 mil dólares e continua a subir. Mas sabes porquê? Não é porque alguma grande figura fez uma chamada de compra, nem é puro FOMO — desta vez é diferente.
Primeira camada: restrição dura do lado da oferta
Existem apenas 21 milhões de bitcoins, isto não é nenhum truque de marketing, está escrito no código. Já foram minerados 19,6 milhões, restando apenas cerca de 1,5 milhões. O mais impactante: o halving de abril deste ano reduziu a recompensa dos mineiros de 6,25 BTC para 3,125 BTC, cortando o novo fornecimento pela metade.
Alguns especialistas do setor estimam que, devido a chaves privadas perdidas, esquecidas ou outros motivos, 3 a 4 milhões de BTC podem ter desaparecido para sempre. Fazendo as contas, o bitcoin realmente circulante é ainda mais escasso. É por isso que o preço dispara após cada halving.
Segunda camada: entrada massiva de instituições
Esta é a mudança crucial deste ciclo. O ETF de Bitcoin à vista da BlackRock já absorveu mais de 86 mil milhões de dólares, sendo o ETF de crescimento mais rápido de sempre. Em 2024, os ETFs de Bitcoin e Ethereum já registaram entradas superiores a 13 mil milhões de dólares, muito acima da nova oferta de bitcoin.
As empresas cotadas estão ainda mais agressivas: a MicroStrategy (com a sua estratégia já conhecida) detém agora 582.000 BTC, avaliados em cerca de 62 mil milhões de dólares. No início deste ano, ainda angariou mais 584 milhões de dólares para continuar a comprar. Globalmente, 244 empresas cotadas já têm BTC no balanço, duplicando o número anterior.
Isto não é loucura de retalho, é reconhecimento por Wall Street.
Terceira camada: mudança real na política
O “Crypto Week” do Congresso dos EUA fez furor, com leis como o CLARITY, a lei anti-CBDC e a lei GENIUS a surgirem uma após outra. O que significa isto? A política deixou de ser repressiva para passar a um enquadramento regulatório. Isto dá confiança aos investidores institucionais — o risco legal está a diminuir.
Quarta camada: evolução tecnológica
A Lightning Network permite transferências BTC com confirmações em segundos e taxas quase nulas. Isto faz com que o bitcoin deixe de ser apenas “ouro digital” e passe a ser uma verdadeira ferramenta de pagamento. O hashrate da rede está em máximos históricos, aumentando a segurança. A atividade dos developers continua elevada, não é uma moeda morta.
Quinta camada: o macroeconómico está a “empurrar” o BTC
Os bancos centrais continuam a imprimir dinheiro (embora a um ritmo mais lento), o futuro do dólar é incerto e a pressão inflacionista persiste. Neste contexto, algo limitado a 21 milhões de unidades atrai naturalmente as instituições. Tornou-se uma ferramenta de proteção contra a desvalorização monetária, melhor do que manter dinheiro numa conta bancária.
Sexta camada: mudança de consenso psicológico
Desta vez não é a euforia dos retalhistas de 2017. Agora, instituições e retalho estão alinhados: as instituições compram, os pequenos investidores veem e querem seguir. Cria-se um feedback positivo — não é bolha, é uma nova estrutura de mercado.
Perspetiva histórica comparada
2013-2017: FOMO do retalho + hype mediático → sobe até 20 mil → cai 80%
2020-2021: início da entrada institucional → sobe até 69 mil → cai 60%
2024-2025: ETF + reservas de empresas cotadas → sobe até 120 mil+ → correção mais suave
O que mostra isto? O suporte do mercado é agora muito mais sólido.
Mas é preciso ter isto claro
A subida do BTC não significa que vai subir para sempre. Correcções de 20-50% são normais num bull market. A participação institucional reduz a volatilidade extrema, mas não elimina o risco. Compreender estes motores serve para tomar decisões mais racionais, não para ires all in.
A base fundamental da subida atual é muito sólida, mas tecnicamente pode haver tomadas de lucro? Completamente possível. Gerir o risco é mais importante do que perseguir máximos.
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A verdade por trás do BTC ultrapassar os 120 mil: análise dos 6 principais motores de impulso
O Bitcoin ultrapassou recentemente os 120 mil dólares e continua a subir. Mas sabes porquê? Não é porque alguma grande figura fez uma chamada de compra, nem é puro FOMO — desta vez é diferente.
Primeira camada: restrição dura do lado da oferta
Existem apenas 21 milhões de bitcoins, isto não é nenhum truque de marketing, está escrito no código. Já foram minerados 19,6 milhões, restando apenas cerca de 1,5 milhões. O mais impactante: o halving de abril deste ano reduziu a recompensa dos mineiros de 6,25 BTC para 3,125 BTC, cortando o novo fornecimento pela metade.
Alguns especialistas do setor estimam que, devido a chaves privadas perdidas, esquecidas ou outros motivos, 3 a 4 milhões de BTC podem ter desaparecido para sempre. Fazendo as contas, o bitcoin realmente circulante é ainda mais escasso. É por isso que o preço dispara após cada halving.
Segunda camada: entrada massiva de instituições
Esta é a mudança crucial deste ciclo. O ETF de Bitcoin à vista da BlackRock já absorveu mais de 86 mil milhões de dólares, sendo o ETF de crescimento mais rápido de sempre. Em 2024, os ETFs de Bitcoin e Ethereum já registaram entradas superiores a 13 mil milhões de dólares, muito acima da nova oferta de bitcoin.
As empresas cotadas estão ainda mais agressivas: a MicroStrategy (com a sua estratégia já conhecida) detém agora 582.000 BTC, avaliados em cerca de 62 mil milhões de dólares. No início deste ano, ainda angariou mais 584 milhões de dólares para continuar a comprar. Globalmente, 244 empresas cotadas já têm BTC no balanço, duplicando o número anterior.
Isto não é loucura de retalho, é reconhecimento por Wall Street.
Terceira camada: mudança real na política
O “Crypto Week” do Congresso dos EUA fez furor, com leis como o CLARITY, a lei anti-CBDC e a lei GENIUS a surgirem uma após outra. O que significa isto? A política deixou de ser repressiva para passar a um enquadramento regulatório. Isto dá confiança aos investidores institucionais — o risco legal está a diminuir.
Quarta camada: evolução tecnológica
A Lightning Network permite transferências BTC com confirmações em segundos e taxas quase nulas. Isto faz com que o bitcoin deixe de ser apenas “ouro digital” e passe a ser uma verdadeira ferramenta de pagamento. O hashrate da rede está em máximos históricos, aumentando a segurança. A atividade dos developers continua elevada, não é uma moeda morta.
Quinta camada: o macroeconómico está a “empurrar” o BTC
Os bancos centrais continuam a imprimir dinheiro (embora a um ritmo mais lento), o futuro do dólar é incerto e a pressão inflacionista persiste. Neste contexto, algo limitado a 21 milhões de unidades atrai naturalmente as instituições. Tornou-se uma ferramenta de proteção contra a desvalorização monetária, melhor do que manter dinheiro numa conta bancária.
Sexta camada: mudança de consenso psicológico
Desta vez não é a euforia dos retalhistas de 2017. Agora, instituições e retalho estão alinhados: as instituições compram, os pequenos investidores veem e querem seguir. Cria-se um feedback positivo — não é bolha, é uma nova estrutura de mercado.
Perspetiva histórica comparada
2013-2017: FOMO do retalho + hype mediático → sobe até 20 mil → cai 80%
2020-2021: início da entrada institucional → sobe até 69 mil → cai 60%
2024-2025: ETF + reservas de empresas cotadas → sobe até 120 mil+ → correção mais suave
O que mostra isto? O suporte do mercado é agora muito mais sólido.
Mas é preciso ter isto claro
A subida do BTC não significa que vai subir para sempre. Correcções de 20-50% são normais num bull market. A participação institucional reduz a volatilidade extrema, mas não elimina o risco. Compreender estes motores serve para tomar decisões mais racionais, não para ires all in.
A base fundamental da subida atual é muito sólida, mas tecnicamente pode haver tomadas de lucro? Completamente possível. Gerir o risco é mais importante do que perseguir máximos.