O Paraguai esteve prestes a encerrar completamente as suas operações de mineração cripto, mas agora suspendeu a proibição temporária de 180 dias que tinha proposto em abril. A reviravolta inesperada surge enquanto as “quintas ilegais” geram um caos energético sem precedentes no país.
O problema real: $60 milhões em perdas anuais
A situação é mais grave do que parece. Desde fevereiro, a região de Alto Paraná (onde está a barragem de Itaipú, a terceira maior do mundo) sofreu 50 interrupções de eletricidade causadas por mineiros ilegais que se ligam clandestinamente à rede.
Os números são brutais:
Cada quinta ilegal causa danos de ~$94.900
Perdas anuais estimadas: $60 milhões só em Alto Paraná
A ANDE (operadora de rede) não consegue garantir fornecimento estável para mineração legal sem sacrificar os utilizadores normais
Porque é que o Paraguai é o íman dos mineiros?
O Paraguai produz energia hidroelétrica em excesso (a barragem de Itaipú cobre toda a procura interna do país), o que o torna no destino ideal para mineração cripto. Mas esse mesmo potencial energético agora torna-se o seu pesadelo: sem regulação clara, os mineiros ilegais drenam a rede sem pagar nem reportar nada.
O vazio legal que ninguém resolveu
Em 2022, o Paraguai quase aprovou um quadro legal e fiscal para cripto-mineração, mas o presidente da altura vetou-o por receio do consumo energético. Resultado: 2 anos depois, o caos é muito pior.
A suspensão da proibição sugere negociações de bastidores: provavelmente o Paraguai procura legitimar a mineração legal com regulação clara e pagamento de impostos, enquanto reprime as quintas ilegais. É o movimento típico de governos que reconhecem o potencial cripto mas exigem ordem.
O que vem aí
Os legisladores agora jogam xadrez em 4D:
Suspendem a proibição total (gesto para a indústria)
Mantêm pressão sobre mineração ilegal
Negociam um quadro regulatório que permita operações legais a pagar royalties de energia
O Paraguai pode acabar por ser um hub de mineração regulada, mas só se conseguir pôr ordem. Caso contrário, voltará a proibir em 180 dias.
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Paraguai trava a proibição da mineração cripto: será uma vitória para o Bitcoin ou uma trégua temporária?
O Paraguai esteve prestes a encerrar completamente as suas operações de mineração cripto, mas agora suspendeu a proibição temporária de 180 dias que tinha proposto em abril. A reviravolta inesperada surge enquanto as “quintas ilegais” geram um caos energético sem precedentes no país.
O problema real: $60 milhões em perdas anuais
A situação é mais grave do que parece. Desde fevereiro, a região de Alto Paraná (onde está a barragem de Itaipú, a terceira maior do mundo) sofreu 50 interrupções de eletricidade causadas por mineiros ilegais que se ligam clandestinamente à rede.
Os números são brutais:
Porque é que o Paraguai é o íman dos mineiros?
O Paraguai produz energia hidroelétrica em excesso (a barragem de Itaipú cobre toda a procura interna do país), o que o torna no destino ideal para mineração cripto. Mas esse mesmo potencial energético agora torna-se o seu pesadelo: sem regulação clara, os mineiros ilegais drenam a rede sem pagar nem reportar nada.
O vazio legal que ninguém resolveu
Em 2022, o Paraguai quase aprovou um quadro legal e fiscal para cripto-mineração, mas o presidente da altura vetou-o por receio do consumo energético. Resultado: 2 anos depois, o caos é muito pior.
A suspensão da proibição sugere negociações de bastidores: provavelmente o Paraguai procura legitimar a mineração legal com regulação clara e pagamento de impostos, enquanto reprime as quintas ilegais. É o movimento típico de governos que reconhecem o potencial cripto mas exigem ordem.
O que vem aí
Os legisladores agora jogam xadrez em 4D:
O Paraguai pode acabar por ser um hub de mineração regulada, mas só se conseguir pôr ordem. Caso contrário, voltará a proibir em 180 dias.