A antiga locomotiva econômica da Europa, agora está completamente avariada. A produção industrial da Alemanha retrocedeu aos níveis de 2005 — isso não é uma flutuação cíclica, mas sim um colapso industrial genuíno.

Ao olhar para os 16 anos de governo de Merkel (2005-2021), esse foi o momento de maior brilho para a Alemanha. De 2017 a 2018, a indústria alemã estava no auge, conquistando o mundo aproveitando os dividendos do mercado da União Europeia. Com formação em física, ela sabia pelo menos que as decisões econômicas precisam ser lógicas e baseadas em dados.

Mas agora? Mudou-se o grupo, todo o estilo alterou-se.

Explosão de usinas de carvão, desmantelamento de usinas nucleares - o preço da eletricidade industrial na Alemanha disparou, tornando-se o mais caro do mundo, com a produção de eletricidade caindo 24% em relação ao pico em 2024. A eletricidade não é suficiente, e o ministro da Economia do Partido Verde, Habeck, ainda está promovendo a "estratégia do hidrogênio verde". Qual é o pré-requisito para a produção de hidrogênio? Energia elétrica excedente! Como é que políticas sem esse conhecimento básico foram aprovadas?

A crise energética é apenas uma entrada. Não queremos gás natural barato, temos que gastar uma fortuna em um caro; a relação comercial com a China está tensa, e as empresas só podem secretamente deixar uma porta aberta na China. O que antes era um conceito sonante de "Indústria 4.0" agora se tornou uma piada - a atualização industrial se transformou em PPT, enquanto a desindustrialização avança rapidamente.

O caso mais irônico: a Trumpf, fornecedora upstream de máquinas de litografia e líder em laser e máquinas-ferramenta, teve seu primeiro prejuízo desde a crise financeira de 2008. A receita do imposto sobre negócios na cidade de Ditzingen, no estado de Baden-Württemberg, despencou 80% a partir de 2023, levando à falência direta das finanças locais.

Face às tarifas dos EUA e à concorrência de outros países, qual é a estratégia de resposta da Alemanha? Não é uma transformação pragmática, mas sim agarrar-se a "valores" como se fossem a Bíblia. Dirk Pfeiffer, parceiro da Porsche Consulting, disse de forma muito clara: "A crise da engenharia alemã está a agravar-se, não é uma recessão cíclica, a próxima recuperação económica também não irá salvá-la."

De locomotivas europeias a sucata, como a Alemanha percorreu esse caminho? A resposta está escondida nas políticas desconectadas da realidade — quando os decisores colocam a ideologia acima das leis econômicas, a desindustrialização é o resultado inevitável. Esta história é uma lição dolorosa para qualquer economia que queira promover a atualização industrial.