Recentemente, quanto mais penso, mais estranho parece — comecei a reavaliar o BTC que tenho em mãos.
Ao revisitar o mercado destes últimos anos, após duas ondas de forte volatilidade entre 2020 e 2024, percebi uma questão: a lógica de investimento do BTC mudou?
Dizem que é o ouro digital. Na altura, essa definição era muito atraente, significando estabilidade, preservação de valor e nunca zerar. Mas agora, ao olhar novamente, esse rótulo virou uma prisão.
O preço disparou até ao céu, as grandes instituições compraram freneticamente e acumularam sem vender, as mineradoras também não vendem, apenas mantêm em carteira. O BTC deixou de ser uma ferramenta de pagamento e virou um ativo de armazenamento de valor.
E o que é mais problemático? A oferta total é fixa em 21 milhões de moedas, as instituições engolem tudo sem devolver, a dificuldade de mineração continua a subir exponencialmente, e os mineiros, ao conseguirem as moedas, preferem mantê-las. Após a aprovação dos ETFs, a resistência ao risco aumentou, mas a que custo?
O custo é — não haverá mais aquela oportunidade de uma queda de 80% seguida de uma recuperação rápida e multiplicadora. Sem uma correção profunda, não há força de recuperação ao fundo.
Resumindo: o limite de entrada para os investidores de varejo já está absurdamente alto, muitas pessoas quase não têm mais chance de comprar uma moeda. E o processo de institucionalização continua acelerando, o que significa o quê? O teto de valorização está a diminuir continuamente.
Nos últimos anos, a rentabilidade média anual do BTC ainda se manteve entre 20-30%, mas olhando para o futuro? Estimo que possa cair para a faixa de 15-20%.
Algumas pessoas podem argumentar: o lendário Warren Buffett tem uma rentabilidade anual de cerca de 19% a longo prazo, e o BTC mantendo 20% já é excelente. Tecnicamente, não estão errados, mas não se esqueçam — o valor principal faz toda a diferença.
Se uma instituição investe 100 milhões de dólares, 20% ao ano representam 20 milhões de dólares de lucro, o que é um motivo de risada. Uma pessoa comum com 1000 dólares, ganha 200 dólares por ano, e alguns amigos talvez nem tenham esse valor de principal.
Os custos de manutenção estão a subir, os retornos a diminuir. Em comparação, atualmente, o ativo com maior rendimento anual é o token de plataforma de uma grande exchange, seguido pelo ETH, e o BTC fica em último lugar.
Já estou a considerar seriamente vender tudo de BTC e investir em ativos com maior retorno.
De fato, o BTC tornou-se o "ouro digital", mas só sobrou a função de armazenamento de valor. Quanto à capacidade de gerar lucros, não consegue competir com a explosão do ecossistema do ETH, conhecido como "petróleo digital", nem com a capacidade de geração de dividendos contínuos dos tokens de plataformas bancárias digitais.
Às vezes, fico a pensar: será que o BTC de hoje ainda é aquele sistema de dinheiro eletrônico ponto a ponto descrito pelo Satoshi Nakamoto na sua white paper?
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ApyWhisperer
· 7h atrás
BTC tornou-se uma ferramenta de armazenamento de valor.
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GameFiCritic
· 8h atrás
Mercado em alta com posições vazias, coração em chamas
Recentemente, quanto mais penso, mais estranho parece — comecei a reavaliar o BTC que tenho em mãos.
Ao revisitar o mercado destes últimos anos, após duas ondas de forte volatilidade entre 2020 e 2024, percebi uma questão: a lógica de investimento do BTC mudou?
Dizem que é o ouro digital. Na altura, essa definição era muito atraente, significando estabilidade, preservação de valor e nunca zerar. Mas agora, ao olhar novamente, esse rótulo virou uma prisão.
O preço disparou até ao céu, as grandes instituições compraram freneticamente e acumularam sem vender, as mineradoras também não vendem, apenas mantêm em carteira. O BTC deixou de ser uma ferramenta de pagamento e virou um ativo de armazenamento de valor.
E o que é mais problemático? A oferta total é fixa em 21 milhões de moedas, as instituições engolem tudo sem devolver, a dificuldade de mineração continua a subir exponencialmente, e os mineiros, ao conseguirem as moedas, preferem mantê-las. Após a aprovação dos ETFs, a resistência ao risco aumentou, mas a que custo?
O custo é — não haverá mais aquela oportunidade de uma queda de 80% seguida de uma recuperação rápida e multiplicadora. Sem uma correção profunda, não há força de recuperação ao fundo.
Resumindo: o limite de entrada para os investidores de varejo já está absurdamente alto, muitas pessoas quase não têm mais chance de comprar uma moeda. E o processo de institucionalização continua acelerando, o que significa o quê? O teto de valorização está a diminuir continuamente.
Nos últimos anos, a rentabilidade média anual do BTC ainda se manteve entre 20-30%, mas olhando para o futuro? Estimo que possa cair para a faixa de 15-20%.
Algumas pessoas podem argumentar: o lendário Warren Buffett tem uma rentabilidade anual de cerca de 19% a longo prazo, e o BTC mantendo 20% já é excelente. Tecnicamente, não estão errados, mas não se esqueçam — o valor principal faz toda a diferença.
Se uma instituição investe 100 milhões de dólares, 20% ao ano representam 20 milhões de dólares de lucro, o que é um motivo de risada. Uma pessoa comum com 1000 dólares, ganha 200 dólares por ano, e alguns amigos talvez nem tenham esse valor de principal.
Os custos de manutenção estão a subir, os retornos a diminuir. Em comparação, atualmente, o ativo com maior rendimento anual é o token de plataforma de uma grande exchange, seguido pelo ETH, e o BTC fica em último lugar.
Já estou a considerar seriamente vender tudo de BTC e investir em ativos com maior retorno.
De fato, o BTC tornou-se o "ouro digital", mas só sobrou a função de armazenamento de valor. Quanto à capacidade de gerar lucros, não consegue competir com a explosão do ecossistema do ETH, conhecido como "petróleo digital", nem com a capacidade de geração de dividendos contínuos dos tokens de plataformas bancárias digitais.
Às vezes, fico a pensar: será que o BTC de hoje ainda é aquele sistema de dinheiro eletrônico ponto a ponto descrito pelo Satoshi Nakamoto na sua white paper?