O JPMorgan Chase para de aceitar candidaturas de HELOC devido à incerteza causada pelo coronavírus

O JPMorgan Chase, o maior banco dos E.U.A., interrompeu todas as novas aplicações para linhas de crédito de home equity (HELOC) em meio à crescente incerteza econômica causada pela pandemia de coronavírus. Nenhuma data de término para esta suspensão foi anunciada.

Esta é a sua segunda grande medida para reduzir a exposição ao risco nas operações hipotecárias. Apenas alguns dias atrás, eles apertaram dramaticamente os padrões de empréstimo para novas hipotecas, agora exigindo pelo menos um score FICO de 700 e um pagamento inicial de 20% - muito mais rigoroso do que os típicos 620 pontos e 5% de pagamento inicial mínimos para hipotecas convencionais.

Não estou surpreendido com esta postura defensiva. Os HELOCs representam segundas hipotecas sobre as casas, tornando-os inerentemente mais arriscados do que as hipotecas primárias. Se um mutuário falhar e ocorrer uma execução hipotecária, a hipoteca primária é paga primeiro, com os credores de HELOC a receberem apenas o valor restante - se existir. Com o enorme aumento nas aplicações de refinanciamento, por que se dariam ao trabalho de lidar com estes produtos mais arriscados?

O momento parece sombrio para mim. Os bancos tipicamente endurecem os padrões de empréstimo quando antecipam problemas à frente. Durante as recessões, as inadimplências dos consumidores aumentam à medida que o desemprego sobe e o pagamento de contas se torna desafiador. Os aumentos mais significativos ocorrem geralmente nas categorias de empréstimos de maior risco - precisamente onde os HELOCs e os empréstimos hipotecários de mutuários com menor crédito se enquadram.

Os atuais clientes de HELOC não precisam se preocupar - eles ainda podem retirar fundos de suas linhas existentes como antes. São apenas os novos candidatos que estão sem sorte.

Embora as ações do JPMorgan tenham subido ligeiramente hoje, esses movimentos defensivos sugerem que as suas previsões econômicas internas podem ser mais pessimistas do que as suas declarações públicas indicam. Sendo o canário na mina de carvão da banca americana, as suas ações falam volumes sobre potenciais problemas futuros no mercado habitacional.