Bear Market. Duas palavras que fazem o coração de muitos apertar. Enfrentei-o cara a cara várias vezes, e cada vez essa fera me despedaça de uma nova maneira.
Quando o mercado está em baixa, é como assistir à morte lenta do seu portfólio. Imagine: os preços caem, caem e caem. Durante meses. Às vezes até anos. Suas moedas desvalorizam em 20%, 50%, 80%, e você assiste a isso com uma sensação de total impotência.
Este período horrível é caracterizado pelo fato de que cada novo máximo é inferior ao anterior, assim como cada novo fundo. O gráfico parece uma escada para o inferno. Os volumes de vendas estão aumentando — os que entram em pânico estão se desfazendo de ativos a qualquer preço, apenas para conseguir sair. Os livros de ordens das bolsas estão vermelhos de ordens de venda.
O pânico é contagioso. As redes sociais estão cheias de previsões sombrias, projetos estão fechando, equipes estão se dissolvendo. "A criptomoeda está morta", gritam as manchetes. E aqueles mesmos "especialistas" que ontem previam um crescimento de 10 vezes, agora explicam por que tudo deveria ter desmoronado.
Entretanto, os indicadores de análise técnica — esses filhos da mãe mentirosos — muitas vezes falham. As médias móveis formam "cruzes da morte", o RSI cai para a zona de sobrevenda e permanece lá durante meses, o MACD mostra um impulso descendente que parece nunca acabar.
Quando eu traço linhas de tendência conectando os máximos, elas parecem um teto sob o qual o preço não consegue subir. Cada vez que o preço se aproxima dessa linha, os ursos voltam e empurram-no para baixo com nova força.
Nesses períodos, eu me pegava acreditando em teorias da conspiração — que as baleias manipulam o mercado intencionalmente para expulsar os investidores de varejo. Talvez seja verdade. Ou talvez o mercado simplesmente funcione assim — um ciclo de ganância e medo.
Psicologicamente, o Bear Market é exaustivo. Acordas todas as manhãs e, a primeira coisa que fazes é verificar os preços, na esperança de que talvez hoje algo tenha mudado? Não, ainda menos 5%. Começas a odiar a cor vermelha.
A reversão da tendência de baixa é um mito no qual se quer acreditar. Quando o preço sobe 10%, você pensa: "É isso! O mercado em alta voltou!" Mas então vem uma nova queda, ainda mais profunda, e você percebe que foi apenas um salto de um gato morto.
Divergências, padrões de velas, níveis de suporte — tudo isso funciona nos livros, mas no verdadeiro Bear Market muitas vezes se revela impotente. Às vezes parece que o único indicador que realmente funciona é o seu próprio desespero: quando você para completamente de acreditar e está pronto para vender tudo — é exatamente nesse momento que o mercado pode se reverter.
Mas apesar de toda essa escuridão e desespero, o Bear Market — não é o fim do mundo. É parte do ciclo. A única questão é se você tem paciência, força de vontade e, claro, dinheiro suficiente para esperar pelo próximo ciclo de alta.
E enquanto isso... eu apenas olho para as velas vermelhas caindo e sonho com os tempos em que os gráficos voltarão a ser verdes.
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Eu e este maldito mercado em baixa: notas pessoais de um trader pessimista
Bear Market. Duas palavras que fazem o coração de muitos apertar. Enfrentei-o cara a cara várias vezes, e cada vez essa fera me despedaça de uma nova maneira.
Quando o mercado está em baixa, é como assistir à morte lenta do seu portfólio. Imagine: os preços caem, caem e caem. Durante meses. Às vezes até anos. Suas moedas desvalorizam em 20%, 50%, 80%, e você assiste a isso com uma sensação de total impotência.
Este período horrível é caracterizado pelo fato de que cada novo máximo é inferior ao anterior, assim como cada novo fundo. O gráfico parece uma escada para o inferno. Os volumes de vendas estão aumentando — os que entram em pânico estão se desfazendo de ativos a qualquer preço, apenas para conseguir sair. Os livros de ordens das bolsas estão vermelhos de ordens de venda.
O pânico é contagioso. As redes sociais estão cheias de previsões sombrias, projetos estão fechando, equipes estão se dissolvendo. "A criptomoeda está morta", gritam as manchetes. E aqueles mesmos "especialistas" que ontem previam um crescimento de 10 vezes, agora explicam por que tudo deveria ter desmoronado.
Entretanto, os indicadores de análise técnica — esses filhos da mãe mentirosos — muitas vezes falham. As médias móveis formam "cruzes da morte", o RSI cai para a zona de sobrevenda e permanece lá durante meses, o MACD mostra um impulso descendente que parece nunca acabar.
Quando eu traço linhas de tendência conectando os máximos, elas parecem um teto sob o qual o preço não consegue subir. Cada vez que o preço se aproxima dessa linha, os ursos voltam e empurram-no para baixo com nova força.
Nesses períodos, eu me pegava acreditando em teorias da conspiração — que as baleias manipulam o mercado intencionalmente para expulsar os investidores de varejo. Talvez seja verdade. Ou talvez o mercado simplesmente funcione assim — um ciclo de ganância e medo.
Psicologicamente, o Bear Market é exaustivo. Acordas todas as manhãs e, a primeira coisa que fazes é verificar os preços, na esperança de que talvez hoje algo tenha mudado? Não, ainda menos 5%. Começas a odiar a cor vermelha.
A reversão da tendência de baixa é um mito no qual se quer acreditar. Quando o preço sobe 10%, você pensa: "É isso! O mercado em alta voltou!" Mas então vem uma nova queda, ainda mais profunda, e você percebe que foi apenas um salto de um gato morto.
Divergências, padrões de velas, níveis de suporte — tudo isso funciona nos livros, mas no verdadeiro Bear Market muitas vezes se revela impotente. Às vezes parece que o único indicador que realmente funciona é o seu próprio desespero: quando você para completamente de acreditar e está pronto para vender tudo — é exatamente nesse momento que o mercado pode se reverter.
Mas apesar de toda essa escuridão e desespero, o Bear Market — não é o fim do mundo. É parte do ciclo. A única questão é se você tem paciência, força de vontade e, claro, dinheiro suficiente para esperar pelo próximo ciclo de alta.
E enquanto isso... eu apenas olho para as velas vermelhas caindo e sonho com os tempos em que os gráficos voltarão a ser verdes.