Desafios afetam os ativos de risco. O especialista em liquidez global Michael Howell alertou recentemente no podcast Bankless que as grandes bolhas formadas desde a crise financeira estão, agora, sendo gradualmente desinfladas. Em vez de iniciar um novo ciclo, o mercado de criptoativos provavelmente entrou em seus estágios finais.
A abordagem de Howell difere do tradicional indicador de oferta monetária M2. Ele analisa os fluxos reais de capital nos mercados financeiros, incluindo o mercado de recompra (repo), sistema bancário paralelo (shadow banking) e movimentos de fundos internacionais. Seu Índice Global de Liquidez (GLI) aponta que a liquidez global estava abaixo de US$100 trilhões em 2010, mas praticamente dobrou para US$200 trilhões nos últimos 15 anos.
Howell defende que a direção da liquidez é mais relevante do que seu volume. O ciclo global de liquidez de 65 meses que ele acompanha reflete o ritmo do refinanciamento de dívidas mundial. Atualmente, segundo ele, de 70% a 80% da atividade dos mercados financeiros está relacionada ao refinanciamento de dívidas — não a novos investimentos.
Aproximadamente 75% dos empréstimos globais são garantidos por colaterais, então a liquidez depende da dívida, e a dívida depende da liquidez. Para avaliar a saúde geral do mercado, Howell utiliza o Índice de Dívida/Liquidez (dívida total dividida pela liquidez de refinanciamento) nas economias de alta renda:
Ele ressalta que o mundo está saindo de uma longa “Bolha de Tudo”. O aumento dos empréstimos de longo prazo com juros baixos durante a pandemia adiou o estresse real, concentrando os vencimentos de dívidas entre 2025 e 2028.
No modelo de Howell, os ativos cripto se posicionam entre ações de tecnologia e commodities:
Quanto ao discutido ciclo de halving de quatro anos, Howell é direto: “Não vi evidências convincentes. O que realmente impulsiona o BTC é o ciclo de liquidez global de 65 meses.” Com isso, ele acredita que o mercado de criptoativos está na fase final do ciclo e não no início.
Com a volatilidade em alta e a liquidez mais restrita, Howell mantém uma postura neutra no curto prazo. Caso os ativos de risco sofram nova correção, ele vê isso como oportunidade de compra para o longo prazo.
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Pelo modelo de Michael Howell, a trajetória de preço do Bitcoin depende não do sentimento ou dos eventos de halving, mas do ciclo global de refinanciamento de dívidas e liquidez. Com a liquidez global próxima do pico do ciclo, o BTC pode já estar na segunda metade desse movimento. Os riscos de volatilidade de curto prazo aumentam, enquanto a inflação monetária persistente segue sustentando o ativo no longo prazo. Os investidores devem ficar atentos à pressão de liquidez nos mercados financeiros no curto prazo. O fundamento para manter BTC como proteção contra inflação de longo prazo permanece sólido.





